Grande parte do conteúdo de entretenimento produzido no mundo é voltado para pessoas heterossexuais e isso não é novidade. Felizmente, hoje falamos sobre representatividade e, aos poucos, vemos personagens LGBTQIA+ sendo inseridos nesses espaços. E, embora as grandes produtoras saibam que somos uma crescente e que há retorno financeiro quando investem em nossas pautas, muito dos conteúdos criados, ainda são para um público majoritariamente heterossexual, por isso é tão demorado um beijo ou uma cena de sexo entre casais LGB.
E, com isso, nasce o ‘Queerbaiting’, que é aquela tensão física e sexual entre dois personagens de mesmo sexo e que instiga o público a continuar acompanhando o desenvolvimento dessa relação, mas, no final, nada acontece. A situação é estruturada para não criar ‘desconforto’ para os héteros que assistem, ao mesmo tempo manter os LGBTQIA+ na audiência.
Na maioria das vezes os personagens não se envolvem, mas é comum que dure algum tempo e no caso de algumas séries, temporadas. Essa tensão sexual geralmente acontece entre mulheres. Não há uma resposta certa, porém, sabemos que a relação entre duas mulheres é extremamente hipersexualizada, o que pode ser um dos fatores.
Mas o fato é, que essa tensão é criada propositalmente e, dessa forma, a não relação dos personagens será justificada como “decisão criativa”. Temos exemplos famosos, como Emma e Regina de ‘Once Upon a Time’, Lena e Kara, de ‘Supergirl’ e até a premiada série ‘Killing Eve' entra na lista por fazer o público esperar 3 temporadas por um beijinho desengonçado de Eve e Villanelle.
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